O deputado Mauro Rubem (PT) esteve no acampamento Dona Lindú, município de Itaberaí, Goiás, nessa segunda-feira, 15 de abril, em visita a cerca de 400 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que ocupam uma propriedade denominada Sítio Novo.
A Polícia Militar foi acionada para retirar as famílias do local, sem mandado, usando a força, e até chegaram a deter um ônibus que estava a caminho do local, tudo ilegalmente.
O MST possui contrato de aluguel da propriedade, devidamente válido e registrado em cartório, podendo, assim, usufruir da área sem a interferência de terceiros, inclusive do Estado.
Para Rubem, o trabalho dos agricultores familiares que lutam por reforma agrária não será intimidado por um governador equivocado e truculento, que fez a Polícia Militar (PM) cometer essa gafe, ao querer promover uma desocupação, de forma ilegal, de uma área que está sob posse e uso, totalmente regulados e acordados, por contrato, entre as partes, quais sejam MST e proprietário da terra.
O deputado afirmou que “é lamentável que a Polícia Militar tenha que passar essa vergonha por culpa do governador. Ocupação é instrumento de luta da sociedade civil, para acelerar o processo de reforma agrária em terras inférteis que devem tributos ou que estão sob o uso de atividades ilícitas ou degradantes do ser humano, muito diferente do que diz Caiado, ao se referir ao acampamento como invasão, e ele o faz para confundir e causar medo desnecessário nas pessoas”.
Mauro Rubem recebeu a denúncia de que policiais estiveram na residência do proprietário da área, por mais de 2 vezes, para tentar dissuadi-lo a desfazer o contrato de arrendamento da terra com o MST: “é um cidadão que está sendo pressionado, de forma ilegal, a rescindir o contrato para satisfazer o governador e legitimar o discurso dele de que o MST age fora da lei, quando ele é que está fazendo isso”.
O deputado finalizou dizendo que a reforma agrária segue a todo vapor no Estado de Goiás e que, na mesma data da visita ao município de Itaberaí, ele participou de uma atividade de entrega de títulos definitivos para agricultores da reforma agrária na sede do Incra em Goiânia. “Foram 93 agricultores familiares que conseguiram lograr êxito em uma luta de anos pelo direito de morar, plantar e sobreviver com dignidade”.
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